Vê-se
da Terra o Céu, em toda a vida,
Como
um vergel azul de lírios brancos,
Onde
mora a ventura, e em cujos flancos
Repousa
a grande mágoa adormecida.
Céu!
quanta vez minhalma entristecida
Anteviu
tua paz, sob os arrancos,
Sob
os golpes da dor, rijos e francos,
Na
escuridão espessa e indefinida!
Não
sonhei com teus deuses venturosos,
Com
teus grandes olimpos majestosos,
Cheios
de vida e de infinitos bens...
Antegozei,
somente, em minhas dores,
A
paz livre de trevas e pavores,
Do
imperturbável nada que não tens!
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Livro:
Parnaso de Além-Túmulo
Médium:
Francisco Cândido Xavier
Autor
Espiritual: Espíritos Diversos
Ano:
1932